Quando falamos em engajamento nas organizações, logo pensamos no funcionário comprometido, que ama o que faz e busca sempre dar o seu melhor em tudo que se propõe a fazer, são os worklovers certo? Vamos entender mais os níveis de engajamento nas organizações.
O estudo de engajamento de funcionários da Gallup em 155 países, apresentado no relatório State of the Global Workplace contém notícias relativamente boas para o Brasil. Entre brasileiros que trabalham para um empregador, 27% são engajados, ou altamente produtivos e comprometidos em prover valor para suas empresas. Enquanto 12% são ativamente desengajados e susceptíveis a espalhar negatividade a respeito de sua organização entre colegas de trabalho. Entretanto, há pleno espaço para melhorias; a maior parte dos trabalhadores brasileiros está “não engajada”, com falta de motivação e simplesmente “levando a vida” durante a jornada de trabalho. No entanto, a razão entre trabalhadores engajados e ativamente desengajados do Brasil – 2.25 para 1 – é uma das mais favoráveis entre os 20 países da américa latina estudados.
Com base nas pesquisas podemos afirmar o conceito dos 70/30/10 onde apenas 30% dos funcionários são altamente produtivos e engajados. Se compararmos a produtividade do brasileiro com os países de primeiro mundo temos o seguinte cenário, o que um brasileiro produz em 1 hora o americano faz em 15 minutos, esses são dados do Conference Board, organização americana que reúne pesquisadores e cerca de 1.200 empresas públicas e privadas de 60 países. A pesquisa é feita na relação entre o PIB do país e o total de empregados, onde a comparação entre os países é medida pela produtividade per capita de cada país.
Claro que não podemos considerar apenas a produtividade pessoal, outros fatores como tecnologia, educação e as condições do trabalho influenciam diretamente nesta proporção.
Segundo dados do Relatório Panorama do Treinamento no Brasil, em 2017 as empresas brasileiras destinaram 0,63% do faturamento anual bruto para o investimento anual em T&D, um número que cresceu 37% em relação ao ano anterior, mais uma vez demonstrando uma tendência de crescimento, mesmo em um ano em que a prioridade das organizações é a contenção de despesas. (PANORAMA DO TREINAMENTO NO BRASIL, 2018).
Nos EUA o investimento em T&D é aproximadamente 1,42% sobre o faturamento anual das organizações
Diante deste cenário observamos que temos uma grande oportunidade de crescimento. Investir em desenvolvimento humano, tecnologias, educação, a nossa produtividade e competitividade tendem a aumentar significativamente.
Qual a diferença em investir em T&D e Coaching?
De acordo com um estudo divulgado no Public Personal Management Journal, executivos que participaram de treinamentos gerenciais elevaram em 22,4% sua produtividade, enquanto, os executivos que passaram pelo processo de coaching, após o mesmo treinamento, aumentaram em 88% sua produtividade.
Uma pesquisa recente da PUC-Campinas mostrou que 90% dos executivos que se submeteram ao processo de coaching aumentaram a produtividade. O estudo aponta ainda que 70% evoluíram positivamente na capacidade de relacionar-se e 80% melhoraram em relação à prontidão para mudanças. A pesquisa foi realizada com base nos dados do relato de dez profissionais de oito diferentes empresas. Os treinamentos da Sociedade Brasileira de Coaching promovem uma aprendizagem efetiva durante o processo, possibilitando imediata aplicação das técnicas para maximizar a produtividade. Para isso, o coaching atua como peça principal no processo de desenvolvimento.
O coaching trabalha habilidades fundamentais e estratégias que elevam de forma considerável a produtividade, melhoram a gestão do tempo, o planejamento, o foco, a proatividade, entre outros aspectos. O processo contribui com o desenvolvimento de competências fundamentais, reduzindo o tempo de cada atividade, ampliando a visão do indivíduo com relação às suas prioridades através de técnicas cientificamente comprovadas e com isso gerando resultados significativos em um curto espaço de tempo para as organizações.
A falta de engajamento nas organizações não diz respeito apenas ao trabalho, e sim na grande maioria, com uma insatisfação geral com a própria vida. A falta de objetivos pessoais e profissionais, sentimento de frustração e impossibilidade, faz com que muitos desistam dos seus sonhos, gerando uma baixa produtividade. Como mudar tudo isso é um dos grandes questionamentos e desafios dos profissionais de RH.
O cenário atual exige um olhar criterioso sobre os investimentos, é preciso identificar as reais necessidades da empresa, otimizar recursos e buscar soluções criativas e eficazes. Não investir em educação e treinamento não é opção, é uma necessidade constante.
Sabemos que os custos com funcionários nas organizações são um dos mais altos, representam em média 40% a 50% das despesas organizacionais. Agora qual é o custo em não ter profissionais engajados e felizes? As consequências todos nós sabemos, são os resultados que não chegam, ocorrem retrabalhos, alta rotatividade, prejuízos, entre outras coisas. O custo em ter um profissional com média ou baixa performance é muito mais alto.
Segundo Peter Senge “A única vantagem competitiva sustentável é a capacidade de uma organização aprender mais rápido que a concorrência.
Precisamos desenvolver as habilidades criativas nas organizações para que a competitividade aumente. Agora onde existe estresse, tensão e emoções negativas a criatividade do indivíduo se torna retraída. A pressão nunca é externa e sim interna, pois está diretamente relacionada as nossas interpretações.
O processo de coaching é capaz de despertar competências fundamentais para promover o engajamento, produtividade e o florescimento do profissional como um todo. A melhoria ocorre em todos os pilares essenciais da vida.
O que podemos fazer por você?
Renata Lasso – Business Partner Associate SBCoaching