De repente apareceu um paraquedas trazendo um calendário de mesa. Ele admirou suas cores e a suavidade da aterrisagem. Afinal, já estava passando da hora de começar a planejar 2016. Soltou o calendário e levou o paraquedas para o seu filho brincar.
Contei essa história para um coachee, que odiava a segunda-feira. Ele não gostou. Mas, depois começou a rir. Percebeu que quase chegava a uma alucinação. Muitas vezes ficamos alucinados com a realidade da vida. Mas, não vivemos na realidade da vida. Os nossos sentidos captam a realidade e uma representação é desenvolvida por meio das nossas crenças e valores. “Não vemos o mundo como ele é, mas sim como nós somos”.dizia Talmud.
“O mapa não é o território” é uma expressão que aprendi durante minha formação em Programação Neurolinguística (PNL). Alfred Korzybski, engenheiro, filósofo e matemático polonês publicou esse conceito num encontro da American Mathematical Society em 1931. É uma expressão que se refere à forma como o ser humano interage com a realidade na qual ele se encontra. Ela representa o fato de que não temos acesso direto à realidade em si, mas sim às percepções da realidade em que vivemos.
Enquanto a realidade é representada pelo “território”, a nossa percepção da realidade é o “mapa mental” que construímos para descrever o território em que vivemos.
Com certeza você conhece muitos profissionais que matam não apenas a segunda-feira, mas a terça, a quarta, a quinta e começam a ter mais motivação na sexta.
O que importa não é a segunda-feira que existe no calendário, e sim a segunda-feira que existe em nosso modelo do tempo. Não precisamos negar que muitas vezes é um dia chato, pesado e sem graça. O perigo é acreditar cegamente que não é possível ser produtivo na segunda-feira.
Falando nisso, como você está percebendo, interagindo com a crise?
Ela existe. Vai sobreviver quem souber representá-la como uma oportunidade de crescimento, um tempo fértil para inovar, criar, aprimorar as relações interpessoais.
Márcio Barros.
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