O mundo corporativo traz plena consciência da importância que todos os profissionais tenham foco no resultado. A reflexão que gostaria de fazer, hoje, é sobre qual resultado trabalhar com os colaboradores.
Um dos grandes desafios de todas as companhias após investirem no desenvolvimento do planejamento estratégico é comunicar e, principalmente, engajar os integrantes em prol do mesmo resultado.
Com o aprimoramento dos processos seletivos e, agora, com a quarta revolução ou indústria 4.0, encontrar profissionais ideais, aderentes à vaga e, principalmente, à empresa, considerando, competências, habilidades, valores, crenças e cultura, será cada vez mais frequente.
Uma vez contratado, temos ferramentas disponíveis que permitem acompanhar o clima organizacional e os resultados em tempo real. Vejo que os robôs já contribuem e irão contribuir ainda mais para o resultado da empresa.
Mas, para que esses recursos sejam utilizados de forma estratégia, eu como líder, preciso saber a ótica do colaborador, descobrir o que, de fato, ele está buscando na empresa. Será que aguardando o final do mês para receber o salário? Ou cumprindo o que foi determinando para se tornar elegível para receber o bônus? Ou ainda olhando para o relógio esperando a hora de ir embora?
Buscar o engajamento do colaborador, descobrir o que o move, identificar o momento de vida que ele está passando e investir o seu tempo nele são ações que fazem toda a diferença. Não estou falando em investir tempo o ensinando a realizar uma atividade/tarefa, mas sim investir tempo demonstrando que ele é importante para você, líder, em primeiro lugar e depois para a empresa. Afinal, para ele, a empresa é você.
O papel do líder em transmitir confiança, segurança, transparência, relatar o momento em que a empresa vive, o impacto que o resultado dele trará para a companhia, para a sociedade e, consequentemente, para o próprio colaborador, fará toda a diferença e o trará para o jogo.
Mas para isso acontecer, o CEO da empresa deverá ter um foco no resultado correto, terá de ser um estadista, como Betania Tanure fraseou em um de seus artigos para o jornal Valor Econômico: “o CEO deverá entregar — ao mesmo tempo — resultados de curto e de longo prazo, para os acionistas, colaboradores, clientes, sociedade, entre outros stakeholders”.
Mesmo com as diversas ferramentas de gestão disponíveis, o papel do CEO é essencial. Sendo um estadista, ele conseguirá inspirar a sua equipe, que passará a segui-lo e, consequentemente, todos estarão focados no mesmo resultado.
Sabemos que os sonhos, os desejos, os motivadores vão se modificando na dinâmica de vida de cada um, e que, portanto, apesar dos processos eficazes para recrutamento e acompanhamento, é papel do líder estar atento a todo momento, sendo um agente de reflexão para o protagonismo da equipe e um facilitador para a execução dos planos.
Marcos Jerry
Gestor de Empresas
marcosjerry@uol.com.br